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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

AMOR, I LOVE YOU (assista ao vídeo)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

veja o poder de convencimento do garçon

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

escrever é mandar recado - aula do dia 18.02.10

A receita de uma sobremesa é um recado. O convite para uma festa é um recado. A prova do concurso é um recado.
A gente manda e recebe recados todos os dias. O empregado anota a mensagem para o patrão ausente. O médico prescreve o remédio para o enfermo. O professor dá o tema da redação. Você escreve uma carta para seu amado. Seu coleguinha manda um bilhetinho pra você. É tudo recado.
E a dissertação no vestibular? É recado. O relatório para o presidente da empresa? É recado. Então, por que aquele frio na espinha? Só de pensar as mãos ficam geladas. O coração dispara. O suor jorra. Os sintomas têm nome — medo. De quê? De não ter nada para dizer.
Qual a saída? Ser esperto. Você já leu muitos livros, revistas e jornais. Viu milhares de filmes. Coversou sobre variados assuntos. Está pra lá de preparado. Tem assunto pra dar e vender. Na hora de dar o recado, fique calmo. E siga as dicas.

1. Leia o tema da redação.

Entenda-o.


2. Planeje o texto:

Delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese (aquele exercício dos pontos positivos e negativos). Depois, faça um plano como o proposto no esqueminha:



Tema: assunto geral do texto.

Delimitação do tema: aspecto do tema que vai ser tratado.

Objetivo: aonde você quer chegar com seu texto?

Idéias do desenvolvimento: argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo que ajudar na sustentação do ponto de vista que você quer defender.



Exemplo:

Tema: Brasília

Delimitação: Turismo em Brasília

Objetivo: demonstrar as opções de turismo em Brasília

Idéias do desenvolvimento: Brasília monumental (palácios, catedral, torre), Brasília ecológica (parques, cachoeiras), Brasília mística (Vale do Amanhecer, Cidade da Paz).



4. Redija.

Comece pelo começo. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma citação, uma pergunta, uma letra de música. Depois, desenvolva a sua tese. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com um fecho elegante. Obs: ao usar citação de algum autor, compositor, não esqueça de colocar entre aspas.



5. Seja natural.

Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta, usando conectivos. Confira a seu texto um toque humano. Você está escrevendo para gente igual a você.



6. Use frases curtas.

Com elas, você tropeça menos nas vírgulas e nos pontos. ‘‘Uma frase longa’’, ensinou Vinicius de Moraes, ‘‘não é nada mais que duas curtas’’.



7. Ponha as sentenças na forma positiva.

Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de ‘ele não assiste regularmente às aulas’, escreva ‘ele falta com freqüência às aulas’.



8. Prefira palavras curtas e simples.

Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residência ou domicílio? Casa.

9. Opte pela voz ativa.

Ela torna o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa-o desmaiado, sem graça.

Compare:

Voz ativa: Os alunos fizeram a redação.

Voz passiva: A redação foi feita pelos alunos.



10. Seja impessoal. Não use expressões como ‘eu acho’, etc



11.Seja conciso.

Respeite a paciência do leitor. A frase não deve ter palavras desnecessárias. Por quê? Pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias ou a máquina peças desnecessárias.



12. Revise.

Sua redação tem começo, meio e fim? Você defendeu seu ponto de vista? Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou a correção gramatical (redobre os cuidados com a pontuação, a regência, a crase, a concordância. Triplique a atenção com a passiva sintética — do tipo ‘vendem-se carros’).



13. Avalie.

As frases soam bem? Sem cacófatos (por cada, por tão, boca dela)? Sem rimas (rigor do calor)? Você começou bem? Terminou melhor? Parabéns. Você é redator nota dez.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Aviso aos alunos do curso

Bom dia, alunos!
Para a aula de amanhã (quinta-feira), não esqueçam de:

* levar o exercício de interpretação de textos para correção;
* levar a apostila sobre interpetação textual;
* levar a redação que foi feita em grupo na semana passada.

Caso já tenham materiais referentes ao Projeto de Pesquisa (sobre o Toque de Acolher), podem começar a me mostrar, pois preciso começar a fazer as orientações dos trabalhos.

Boa sorte!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Interpretação de Textos || Ruídos de Comunicação

Parte I – Comunicação Oral e Escrita


Ruídos na Comunicação

Em uma cidadezinha do interior havia uma figueira carregada dentro do cemitério.

Dois amigos decidiram entrar lá à noite (quando não havia vigilância) e pegar todos os figos. Eles pretendiam fazer doce de figo e vender, ganhando boa grana.

Pularam o muro, subiram na árvore com sacolas penduradas no ombro e começaram a dividir o prêmio'.

- Um pra mim, um pra você.

- Um pra mim, um pra você.

- Pô, você deixou dois grandes caírem do lado de lá do muro!

- Não faz mal, depois que a gente terminar aqui pegamos eles.

- Então tá bom, mais um pra mim, um pra você.

Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério, escutou esse negócio de 'um pra mim e um pra você' e saiu correndo para a delegacia.

Chegando lá, virou para o policial:

- Seu guarda, vem comigo! Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!

- Ah, cala a boca bêbado.

- Juro que é verdade! Vem comigo.

Tanto insistiu, que os dois foram até o cemitério; chegaram perto do muro e começaram a escutar...

- Um para mim, um para você.

O guarda assustado:

- É verdade! É o dia do apocalipse! Eles estão dividindo as almas dos mortos! O que será que vem depois?

- Um para mim, um para você. Pronto, acabamos aqui. E agora?

- Agora a gente vai lá fora e pega os dois que estão do outro lado do muro...

- Cooooorreeeee!!! CORRE! CORRE!

- O bêbado e o guarda estão correndo até hoje...

É muito importante saber usar as palavras adequadamente, tomando todo cuidado para que a comunicação aconteça sem ruídos e nem "mal entendidos". Veja só, no texto abaixo, um exemplo típico de problema na comunicação:

De: PRESIDENTE para Diretor: Na próxima segunda feira, aproximadamente às 20h, o cometa Halley passará por aqui. Trata-se de um fenômeno que ocorre a cada 76 anos. Assim, peço que os funcionários estejam reunidos no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, para que eu possa explicar o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o espetáculo a olho nu, e todos deverão se dirigir ao refeitório onde será exibido um filme documentário sobre o cometa Halley.



De: DIRETOR para Gerentes: Por ordem do presidente, na sexta-feira às 20h, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover os funcionários deverão ser reunidos, todos com capacete de segurança e encaminhados ao refeitório, onde o raro fenômeno aparecerá, o que acontece a cada 76 anos a olho nu.

De: GERENTES para Chefes de Produção: A convite do nosso querido diretor, o cientista Halley de 76 anos vai aparecer nu no refeitório da fábrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre segurança na chuva. O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.





De: CHEFES DE PRODUÇÃO para Supervisor de Turnos: Na sexta-feira, o diretor, pela 1ª vez em 76 anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica, para filmar o Halley, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deverá estar de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre segurança na chuva. O diretor levará sua banda para o pátio da fábrica.

De: SUPERVISOR DE TURNOS para Funcionários: Todo mundo nu, sem exceções, deve estar no pátio da fabrica, na próxima sexta-feira, ás 20h, pois o manda-chuva (Presidente) e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme 'Dançando na chuva'. Todo mundo no refeitório de capacete, o show será lá, o que ocorre a cada 76 anos.



Aviso para todos os FUNCIONÁRIOS : na sexta-feira, o chefe da diretoria vai fazer 76 anos e liberou geral para a festa às 20h no refeitório. Vão estar lá, pagos pelo manda-chuva, 'BILL HALLEY E SEUS COMETAS'. Todo mundo nu e de capacete, pois a banda é muito louca e o rock vai rolar solto, mesmo com chuva.



Parte II – Interpretação de Texto

Crônica do Amor (Arnaldo Jabor)



Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu e você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de samba, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo. Nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre sem grana, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

não pergunte pra mim; você é inteligente. (...)

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e sabe viver a vida. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm aos montes, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer.

Exercício de Interpretação de Texto - 09/01/2010

Retrocesso


O visitante estranhou porque, quando o levaram para conhecer a sala de aula do futuro, não havia uma professora-robô, mas duas. A única diferença entre as duas era que uma era feita totalmente de plástico e fibra de vidro — fora, claro, a tela do seu visor e seus componentes eletrônicos —, e a outra era acolchoada. Uma falava com as crianças com sua voz metálica e mostrava figuras, números e cenas coloridas no seu visor, e a outra ficava quieta num canto. Uma comandava a sala, tinha resposta para tudo e centralizava toda a atenção dos alunos, que pareciam conviver muito bem com a sua presença dinâmica, a outra dava a impressão de estar esquecida ali, como uma experiência errada.

O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor. O entendimento entre a máquina e as crianças era perfeito. A máquina falava com clareza e estava programada de acordo com métodos pedagógicos cientificamente testados durante anos. Quando não entendiam qualquer coisa as crianças sabiam exatamente que botões apertar para que a professora-robô repetisse a lição ou, em rápidos segundos, a reformulasse, para melhor compreensão. (As crianças do futuro já nascerão sabendo que botões apertar.)

— Fantástico! — comentou o visitante.

— Não é? — concordou o técnico, sorrindo com satisfação.

Foi quando uma das crianças, errando o botão, prendeu o dedo no teclado da professora-robô. Nada grave. O teclado tinha sido cientificamente preparado para não oferecer qualquer risco aos dedos infantis. Mesmo assim, doeu, e a criança começou a chorar. Ao captar o som do choro nos seus sensores, a professora-robô desligou-se automaticamente. Exatamente ao mesmo tempo, o outro robô acendeu-se automaticamente. Dirigiu-se para a criança que chorava e a pegou no colo com os braços de imitação, embalando-a no seu colo acolchoado e dizendo palavras de carinho e conforto numa voz parecida com a do outro robô, só que bem menos metálica. Passada a crise, a criança, consolada e restabelecida, foi colocada no chão e retomou seu lugar entre as outras. A segunda professora-robô voltou para o seu canto e se desligou enquanto a primeira voltou à vida e à aula.

— Fantástico! — repetiu o visitante.

— Não é? — concordou o técnico, ainda mais satisfeito.

— Mas me diga uma coisa... — começou a dizer o visitante.

— Sim?

— Se entendi bem, o segundo robô só existe para fazer a parte mais, digamos, maternal do trabalho pedagógico, enquanto o primeiro faz a parte técnica.

— Exatamente.

— Não seria mais prático — sugeriu o visitante — reunir as duas funções num mesmo robô?

Imediatamente o visitante viu que tinha dito uma bobagem. O técnico sorriu com condescendência.

— Isso — explicou — seria um retrocesso.

— Por quê?

— Estaríamos de volta ao ser humano.

E o técnico sacudiu a cabeça, desanimado. Decididamente, o visitante não entendia de futuro.



Luís Fernando Veríssirno. In Nova Escola. São Paulo. Abril, out. 1990. p. 19.






Explorando o texto:



Responda de acordo com o texto:



a. Quais as características das professoras descritas no texto?

b. Segundo o autor do texto, como seria a aula do futuro?

c. Na aula do futuro, como agiriam os alunos quando tivessem alguma dúvida?

d. O que aconteceu quando a criança machucou-se no teclado?

e. Na sua opinião, qual a razão de ter duas professoras-robô para atender aos alunos?

f. A professora de plástico e fibra de vidro satisfazia que tipo de necessidade das crianças? Por quê?

g. Qual era a função da professora acolchoada?

h. Na sua opinião, por que seria um retrocesso reunir todas as funções da professora numa máquina apenas?



1. Na sua opinião, a professora-robô é diferente das professoras que você conhece? Por quê?

2. Numere as frases de acordo com a ordem de acontecimentos do texto:

( ) Uma das crianças prendeu o dedo no teclado.

( ) O visitante estranhou, quando o levaram para conhecer a sala de aula, havia duas professoras.

( ) O aluno que machucou o dedo começou a chorar.

( ) O técnico sacudiu a cabeça desanimado.

( ) A segunda professora voltou para o seu canto e se desligou, enquanto a primeira voltou a dar aula.

( ) O visitante viu que dito uma bobagem.

( ) O visitante acompanhou uma aula do futuro.



3. Marque com X as palavras que você usaria para caracterizar a “professora_robô”, que explicava a matéria para as crianças.

( ) impaciente ( ) simpática ( ) carinhosa ( ) eficiente

( ) gentil ( ) impessoal ( ) objetiva



4. Marque com X a resposta correta:

O significado de retroceder é:

( ) realizar alguma coisa

( ) melhorar o ensino.

( ) voltar para trás

( ) nenhuma das respostas.

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